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"A Negligência do Estado"
"A Negligência do Estado"

MAS UMA HISTÓRIA DE NEGLIGÊNCIA NESTE PAÍS!

Era vontade de Deus que minha mãe voltasse a Pátria Espiritual, no dia e hora certa, e não estou questionando isso, mas sim a negligência na Saúde deste País, minha mãe não foi a primeira e não será a ultima, sei que existe critérios e burocracia, mas o respeito à vida humana e aos cuidados necessários no mínimo para minimizar o sofrimento do ser humano deveria estar acima de qualquer coisa.

O respeito a “Constituição Federal “que reza no: Artigo 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

 

Essa é a história da minha mãe querida

Final de 2013, após dois meses de dores fortes no estômago, com consulta que fora marcada no serviço público UBS no mês de outubro de 2013, com agendamento somente para 05 de fevereiro de 2014, minha mãe, resolveu ir ao médico particular pois não agüentava mais a dor, fez vários exames e no dia 05/12/2013, um dia depois de seu aniversário de 60 anos ao retornar ao médico descobriu que estava com câncer no estômago em estado avançado, após a tomografia realizada em clinica particular devido a urgência, o médico nos informou para mim meu pai e minha irmã que o caso era grave com comprometimento grande do estomago e metástase no fígado e no pulmão, encaminhou minha mãe para um colega no Hospital das Clinicas porque ela não tinha convênio esse médico a atendeu com urgência no dia 20/12/2013 e solicitou o pedido para o seu tratamento no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo ao qual prestava serviço em oncologia, mas o HC disse que deveríamos esperar por quinze dias para que o Instituto entrasse em contato para agendar a consulta, neste ínterim minha mãe só foi piorando, emagrecendo não conseguia se alimentar, passou vários dias só com sucos, vitaminas água de coco, caldos de sopa pois tinha muita dificuldades para ingerir os alimentos e indo de pronto socorro em pronto socorro com uma tosse intensa que fazia perder o ar e dor terrível que para não nos preocupar ocultava a intensidade não dormia por causa da tosse e dor, mesmo neste estado nenhum hospital a internou pelo menos para poder tomar soro medicamento por alguns dias enquanto aguardávamos o retorno do Hospital das Clinicas, entre idas e vindas dos pronto socorro próximos e sem poder contar com atendimento do HC, por intermediou de um primo que nos falou do Hospital Heliópolis levamos ela no dia 06/01/2014 segunda feira,  lá existia um anjo que fez o melhor que pode para melhorar seu estado receitou morfina, colocou-lhe uma sonda para que pudéssemos alimentá-la, nos esclareceu (eu e minha irmã) sobre a gravidade de seu estado mas nós deu esperança de tratamento encaminhando-a para oncologia conseguimos marcar a consulta naquele mesmo dia só que para 04/02/2014.

 No dia 09/01/2014 as 16:33hs recebi uma ligação no meu celular da Sra. Tereza do HC informando que o atendimento da minha mãe foi recusado pelo ICESP justificando que o laudo do diagnostico foi de clinica e laboratório particular, informei sobre a gravidade, aliais eles já tinham conhecimento pois estavam com todos os exames biopsia, tomografia e ultrassonografia, mas a Sra. que ligou disse que não poderia fazer nada devíamos procurar uma UBS  refazer tudo e encaminhar novo pedido. Imagine se não tivéssemos conseguido agendar consulta no Hospital Heliópolis o que faríamos, porque não tínhamos instruções de como agir e onde procurar tratamento, porque quando soubemos seguimos a orientação do médico que fora muito generoso e prestativo. Com a benção de Deus conseguimos também um dia antes da recusa do ICESP antecipar consulta da minha mãe no Hospital Heliópolis do dia 04/02/2014 para dia 14/01/2014 com auxilio de uma amiga que conhecia a gravidade da situação, mas o estado da minha mãe se agravou demais. Infelizmente no dia 10/01/2014 ela ficou o dia todo com dores terríveis na cama nem a morfina (comprimido) estava fazendo efeito e se recusava a ir ao pronto socorro com o auxilio da minha tia eu e minha irmã a levamos de volta ao Hospital Heliópolis ela foi muito bem atendida, mas não resistiu teve uma parada respiratória e faleceu as 2:35hs do dia 11/01/2014.

Fica somente um desabafo para que outros não sofram o descaso que minha Mãe sofreu. Mesmo com determinação Legal da Constituição Federal que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”

 Erica